sábado, 28 de março de 2020

10º Ano 3.3. A racionalidade no urbanismo.



3.3 Racionalidade do urbanismo









Racionalidade do urbanismo

• A estrutura dos edifícios renascentistas é simplificada e racional. 

Para tal, observam-se algumas regras ou princpios:

• A matematização rigorosa do espaço arquitetónico com relações 

proporcionais entre as várias partes do edifício. A forma ideal era a 

um cubo ou  um paralelepípedo.

• Simetria absoluta, partindo de uma planta centrada e com uma 

fachada enquadrada por portas e janelas.

• Retorno às linhas e ângulos retos típicos do classicismo.

• Preferência pelas abóbadas de berço e de arestas, em vez das 

abóbadas de ogiva, e pelos arcos de volta perfeita.

• A cúpula, símbolo do cosmos, torna-se um elemento dominante . 

 Executaram-se as obras de acordo com as ordens clássicas e as 

regras da proporção.


• Utilizam-se representações inspiradas nos monumentos da era

 imperial com motivos e formas vegetais, volutas, carrancas (são os

 chamados grotescos).


• Retomaram-se as construções com frontões triangulares.


Arquitetura civil


• Para além de igrejas, os arquitetos renascentistas preocuparam-se 

em deixar a sua marca em edifícios civis e militares.


• Surgem belas villas caracterizadas pela simetria das suas fachadas, 

decoradas com frescos e belos jardins.


• São ainda típicos os palácios com linhas paralelas, com uma marcada 

horizontalidade.


Em resumo:

Arquitetura

• Uso de elementos clássicos:

  1. Arco de volta perfeita e abóbadas de berço
  2. frontões nas portas e janelas 
  3. cúpulas
  4. decoração com motivos naturalistas.

• Predomínio das linhas horizontais e proporcionais


• Equilíbrio geométrico (cubos e paralelepípedos justapostos) e 

simetria de colunas


• Arquitetura fundamentalmente religiosa, mas também civil.


• Grandes arquitetos: 

Brunelleschi – Igreja de Santa Maria das Flores em Florença, 

Bramante – Tempietto de S. Pedro

Miguel Ângelo –Catedral de S. Pedro.

sexta-feira, 27 de março de 2020

10º Ano Módulo 3 - Itens de seleção: Escolha múltipla – Associação – Ordenação

Módulo 3 – A ABERTURA EUROPEIA AO MUNDO – MUTAÇÕES NOS CONHECIMENTOS, SENSIBILIDADES E VALORES NOS SÉCULOS XV E XVI



1. Selecione a única opção que identifica o autor da pintura A SAGRAÇÃO DA PRIMAVERA




A
Michelangelo.

B
Raphael.

C
Sandro Botticceli.

D
Leonardo da Vinci.


2.Identifique os reformadores representados.



1
    






2
          


3





3. Faça corresponder os elementos da coluna da esquerda com os elementos da coluna da direita





1
Igreja Católica   
A
A salvação alcança-se pela fé.
2
Luteranismo    
B
O chefe supremo da Igreja é o rei.
3
Calvinismo 
C
O chefe máximo da Igreja é o papa.
4
Anglicanismo
D
A salvação do Homem está predestinada por Deus.





Palácio Rucellai

4. Selecione a única opção que indica o nome do arquiteto do Palácio Rucellai




A
Michelangelo.

B
Leon Battista Alberti.

C
Francesco Borromini.

D
Carlo Maderno.


Pedro Bandeira Simões

SOLUÇÕES


1 - C /  - Martinho Lutero, Calvino, Henrique VIII / 3 - 1 - C;  2 - A; 3 – D; 4- B  /4. - B




quarta-feira, 25 de março de 2020

10º Ano 4.2 O impacto da reforma católica na sociedade portuguesa.




4.2 O impacto da Reforma Católica na sociedade portuguesa


Damião de Góis
Auto de fé

Garcia de Horta


Sé Nova, Coimbra

Sé Nova, Coimbra

















• Após a expulsão dos judeus de Espanha, muitos fixaram-se me Portugal.
• Em 1496 D. Manuel I ordena a expulsão dos judeus que não se convertessem à fé católica. Para impedir a perda financeira que tal representaria, o rei ordena o batismo forçado dos judeus, que passam a ser conhecidos pela designação de cristãos-novos.
• D. João III promove o desenvolvimento e a circulação da cultura humanista, com a vinda de estrangeiros para o reino, a criação do Colégio das Artes e a transferência da Universidade para Coimbra.
• Na segunda fase do seu reinado, manifesta-se um encerramento à cultura renascentista e ao humanismo cristão, considerado nefasto.
• A Inquisição instala-se então em Portugal, por insistência do rei junto do Papa.
• Os alvos preferenciais da Inquisição foram os judeus e os marranos, o que provocou o enfraquecimento da Burguesia e a sua substituição no comércio por nobres e cavaleiros-mercadores.
• A presença da Inquisição em Portugal, era desnecessária, pois os protestantes eram quase inexistentes e os judeus, ou já tinham sido expulsos ou tinham sido forçados à conversão (os que escolheram a conversão forçada passaram a ser designados por cristãos novos).
• Para justificar a presença da Inquisição, iniciou-se uma grande perseguição contra os cristãos novos acusados de judaísmo. Outros alvos foram os homens cultos, como Damião de Góis e todos os que eram acusados de bruxaria.
• A Inquisição tornou-se também um meio usado para a centralização do poder régio, ao mesmo tempo que se exercia o controlo da ascensão social.
• A chegada da Companhia de Jesus em 1540 permitiu o processo de missionação em terras portuguesas ultramarinas, bem como de domínio das mais importantes estruturas educacionais portuguesas.
• Durante todo o século XVI verificou-se um domínio completo do país pela Inquisição e pela Companhia de Jesus.
• Foram realizados milhares de autos-de-fé, cerimónia pública em que os condenados pela Inquisição ouviam as acusações e as penas a que seriam sujeitos.
•Esta situação terminou, finalmente,com as medidas tomadas pelo Marquês de Pombal.
• Em Portugal, as severas medidas da Contra Reforma foram assim responsáveis por um atraso cultural que se prolongou por muitas décadas.
• A censura às obras escritas intensificou-se sendo cada vez mais frequentes e extensas listas de obras proibidas.(Index)
• Deve-se ainda aludir à arte, uma vez que o catolicismo da Contra Reforma se serviu do esplendor da arte barroca para atrair os fiéis à “luz da Verdade”, destacando-se em Portugal o Convento de Mafra e a igreja de Santa Engrácia.

10º Ano 4.2. Contra Reforma e Reforma Católica - Reafirmação do dogma e do culto tradicional. - A reforma disciplinar; o combate ideológico.







4.2. Contra Reforma e Reforma Católica





Concílio de Trento

Auto de fé


Index

  

Queima de livros




4.2. Contra Reforma e Reforma Católica

Em face das contestações de que foi alvo, a Igreja Católica iniciou um movimento de renovação que ficou conhecido como a Contra-Reforma. O Papa Paulo III, um notável humanista e diplomata, reconheceu a necessidade de se avançar para uma renovação da Igreja. Assim,convocou o Concílio de Trento (1545-63), onde ficaram estabelecidas as bases da Reforma da Igreja Católica.
• Apesar das dificuldades, o Concílio realizou uma obra notável:

Reafirmação do dogma e do culto tradicional: reafirmou a doutrina cristã face às teses protestantes, confirmando a importância da fé e das boas obras para a salvação humana; reconheceu a Bíblia e a tradição da Igreja como fontes da verdade e manteve os 7 sacramentos .

A reforma disciplinar; o combate ideológico: restabeleceu a disciplina na Igreja, determinando a formação do Clero em seminários, manteve o celibato dos padres e obrigou os seus membros a residir nas dioceses e paróquias a seu cargo.
A Contra Reforma desenvolvendo-se instrumentos contra o protestantismo:

– A Companhia de Jesus, oficializada pelo Papa em 1540. Os Jesuítas destacaram-se no ensino e na consolidação e expansão da fé cristã através da missionação.
– O Índex catálogo dos livros proibidos (não podiam ser impressos, vendidos ou mesmo lidos sob pena de excomunhão ou morte).
– A Inquisição instrumento repressivo que correspondia a um tribunal religioso, sujeito à vontade régia, que inquiria a vida daqueles que eram suspeitos de atos contra a fé católica.
• A Inquisição era também apelidada de Tribunal do Santo Ofício.
• Era um tribunal eclesiástico destinado a defender a fé católica, criado na Idade Média para lutar contra as heresias.
• Vigiava, perseguia e condenava aqueles que fossem suspeitos de praticar outras religiões com vista a proteger a ortodoxia católica.
• Utilizava a tortura e a condenação pelo fogo, pretendia salvar as almas dos erros e das heresias que levavam à condenação eterna.
A Companhia de Jesus
• Também conhecidos por Jesuítas, foi criada por São Inácio de Loyola
• Rompeu com os moldes tradicionais da vida nos Mosteiros.
• Tornou-se um símbolo da nova Igreja rejuvenescida e novamente pura.
• Tornou-se um instrumento eficaz na resposta ao protestantismo, uma vez que :
– Defendia o catolicismo
– Promovia a sua difusão pelo mundo
– Levava a cabo a missionação, pregação e ensino
– Evangelizava os povos das terras recém descobertas

10º Ano 3.3. A racionalidade no urbanismo.

3.3  Racionalidade do urbanismo Racionalidade do urbanismo •  A estrutura dos edifícios renascentistas é simplificada...